Quando você pensa em um degustar um vinho rosé, qual a primeira característica que você pensa?

A principal característica de um vinho rosé é a sua versatilidade, devido ao seu frescor e a presença de taninos, resultando em um vinho com mais corpo do que um vinho branco.

Isso ocorre porque as uvas utilizadas para elaborar o vinho rosé são uvas tintas, colhidas mais cedo do que para elaboração de um vinho tinto. Esse fato resulta em um vinho com maior acidez (devido a esse colheita mais cedo) e por ser tinta, alguns taninos são extraídos das cascas durante o processo de elaboração.

E o tom rosado, de onde vem? Dos compostos que são levemente extraídos das cascas durante o processo de prensagem das uvas, antes ainda do processo fermentativo.

Um fato interessante é que não existe uma cultivar de uva rosé. Os vinhos rosés são elaborados com uvas tintas, ou a partir de um corte de uma uva tinta com uma uva branca, isto vai depender do desejo do enólogo, pois existe uma vasta variedade de colorações, sabores, aromas que um vinho rosé pode apresentar.

Os vinhos rosé podem apresentar uma ampla gama de tonalidades de rosé. A explicação para essa varidade de tonalidades está na variedade de uva utilizada e no tempo de maceração que o enólogo decidiu utilizar. E o que é a maceração? É o tempo de contato das cascas com o mosto (suco) após a colheita. A partir deste processo serão extraídos os compostos responsáveis pela sua coloração rosé. Dessa forma, será o tempo de contato que irá determinar o quão intenso será a coloração do vinho e, neste caso o tempo de maceração é muito bem controlado pelo enólogo responsável. Para você entender melhor, em um vinho tinto por exemplo, o contato do mosto com as cascas pode durar dias ou até semanas para obtenção de cor e corpo do vinho.

Outro método de elaboração do vinho rosé é através do corte, neste processo as uvas brancas entram em cena. Nesta ocasião o vinho branco e vinho tinto já vinificados são misturados em diferentes dosagens para obtenção do vinho rosé, assim revelando seu tom rosado.

Por isso muitos dizem que os vinhos rosés são o meio do caminho, entre vinhos brancos e tintos, pois trazem a leveza, acidez e notas frutadas dos brancos e ao mesmo tempo que apresentam características dos tintos, como estrutura e uma delicada adstringência por conta dos taninos extraídos.

Outra particularidade dos rosés são a sua jovialidade, é raro encontrar vinhos rosés envelhecidos ou de safras muito antigas, geralmente são produtos prontos para consumo, que não necessitam um tempo de guarda.

Enfim, a sua versatilidade é ampla na hora das harmonizações, tendo disponível um leque de possibilidades e combinações. É um vinho que vai bem com uma tábua de frios, ou uma salada refrescante, e até mesmo com carnes vermelhas temperadas e picantes, indo além da combinação com pratos leves que geralmente pensamos em degustar.

Nosso Caliandra Rosé Safra 2019, também demonstra bastante versátil nas combinações, além de ir muito bem com carnes brancas e crustáceos, harmoniza elegantemente com charcutaria e pratos com diferente tipos de temperos. Também acompanha perfeitamente vegetais grelhados e castanhas. Vinho muito amplo para degustar com diferentes tipos de queijos. Este vinho rosé produzido pela Vinícola Velho Amâncio, foi elaborando a partir de um vinho leve de uvas Chardonnay, que apresenta notas de aromas frutados, porém a partir de seu corte com Shiraz, se revelou um rosé com corpo médio amplamente versátil, com boa persistência em boca, e com potencial de harmonização com pratos de diferentes intensidades.

E então, qual a sua tonailidade de rosé preferida?